quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um conto de Natal (A Christmas Carol)

Tendo sido publicado pelo primeira vez em 1843, Um conto de Natal ou Um cântico de Natal numa tradução mais fiel ao original, já teve muitas reedições com os mais diversos, formatos e capas, esta da imagem não é nem de longe a melhor (pelo contrário, acho que deve ser a mais feia) mas como sempre posto as fotos das obras que eu li, vai aí a imagem do exemplar da L&PM pocket (que eu adoro, mas que podia ter feito uma capa mais bonitinha).
Essa é minha história de Natal preferida e acho que é meio uma unanimidade, uma vez que foi um enorme sucesso quando do seu lançamento e continua a ser reproduzida nas telonas incessantemente, e ninguém parece se incomodar com isso.
Assisti recentemente a última versão, uma animação com o Jim Carrey como Ebenezer Scrooge, acho que se tivesse visto no cinema em 3D teria gostado mais, mas acho que não tem muito como competir com a versão mais fofa de todas "O conto de Natal do Mickey" ou "Mickey´s Christmas Carol", que tem o Tio Patinhas no papel do Scrooge, o que não podia ser mais perfeito uma vez que o nome do Tio Patinhas em inglês é Uncle Scrooge, ou seja, o personagem foi inspirado em Ebenezer Scrooge desse nosso clássico de Dickens. No desenho temos ainda muitos outros personagens da Disney como o Pateta como o fantasma do sócio do Tio Patinhas e o Pato Donald como seu sobrinho Fred (gente, eu adoro o Donald, rs).
Bom, mas voltando ao livro, para aqueles que não conhecem a história (o que acho difícil mas, enfim) Ebenezer Scrooge é um velho rico e muito muito avarento e mal humorado. Para ele a pior época do ano é o Natal por que ele simplesmente nçao suporta ver tantos sorrisos, tantas pessoas alegres e cantando pelas ruas, atrapalhando o seu trabalho e perdendo seu tempo com felicitações e o pior de tudo: pedindo dinheiro para a caridade.
Na noite de Natal Scrooge recebe a visita do fantasma de seu sócio Jacob Marley falecido há 7 anos, Marley quer alertar Scrooge sobre os sofrimentos que uma alma ruim e egoísta enfrenta depois da morte tendo de vagar por toda eternidade, assim ele comunica a Scrooge que este receberá a visita de três outros fantasmas, os fantasmas dos Natais Passado, Presente e Futuro.
Assim Scrooge, sempre acompanhado pelos fantasmas pode relembrar o tempo em que ele era uma boa pessoa e que amava o Natal, pode ver com o Fantasma do Presente o quanto é ruim com as pessoas e como seu próprio funcionário tem dificuldades para alimentar a família por conta do salário tão baixo e com o assustador Fantasma dos Natais Futuros ele pode enfim ver qual será seu destino e como ninguém sentirá sua falta quando ele partir.
O final é bem óbvio com Scrooge se redimindo e se tornando o maior amante do Natal e bem feitor dos pobres e oprimidos, tendo se tornado conhecido em sua comunidade como "aquele homem que realmente sabe comemorar o Natal".
Apesar de ser bem óbvio, acredito eu, que é o tipo de história que todo mundo gosta de ler nessa época por que mostra a nobreza de sentimentos que deveríamos ter durante o ano inteiro e não somente no Natal. Realmente me incomodam pessoas que, nessas datas, se abraçam aos parentes aos prantos dizendo o quanto os amam enqto durante o ano inteiro tudo que fizeram foi brigar, acho meio hipócrita, mas quem sou eu pra criticar, tudo que posso fazer é praticar no meu dia a dia o amor, carinho e atenção, apesar de amar loucamente o Natal desde criancinha para mim essa data é mais para reunir as pessoas e honrar o aniversariante do dia, mas dizer que amo e amar eu amo o ano inteiro, rs
Voltando ao livro apesar de seu estrondoso sucesso dizem que Dickens o escreveu em tempo recorde (acho que 2 semanas) para ter $ para saldar uma dívida e que nunca imaginou que faria tanto sucesso. Dickens sempre o chamou de seu "livrinho de Natal".
Mas não só de historinhas de Natal se fez o autor, pelo contrário, antes de escrever a obra Dickens já era escritor consagrado por sua igualmente famosa obra "Oliver Twist", e a "Conto" se seguiram obras como "David Copperfield", "Little Dorrit", "Um conto de duas cidades" (A tale of two cities) e "Grandes expectativas" (Great expectations), a maioria tendo sido adaptada para o cinema diversas vezes.
O mais interessante sobre o autor e que fica muito claro em suas obras é sua crítica aos males sociais da era vitoriana, como a exploração das crianças, os maus tratos, a pobreza da classe trabalhadora, etc.
Isso fica muito claro em obras como Oliver Twist onde o personagem principal é um garoto órfão, Nicholas Nickleby onde o personagem do título vai trabalhar como professor em um orfanato e se indigna com as condições em que as crianças vivem e ainda em Little Dorrit onde Dickens usa elementos auto biográficos para contar a história da mocinha que viveu toda sua vida com o pai na prisão Marselhesa por conta da prisão desse por uma dívida (o mesmo aconteceu com o pai de Dickens).
Foi a primeira vez que li uma obra completa de Dickens, dá até vergonha de dizer mas é tão difícil encontrar boas versões traduzidas de sua obra e as em inglês ainda são um grande desafio para mim por conta do inglês de época e de eu precisa usar o dicionário constantemente para buscar termos que não são mais tão usados.
Mas eu não desisto, tenho um Little Dorrit em inglês para ler (haja coragem, tem umas 600 páginas), mas eu chego lá.
Quero desejar a todos um Feliz Natal, um 2011 cheio de novidades, conquistas, sonhos realizados e muitos muitos livros para ler!!!
Amei ter criado coragem para montar esse espaço e agradeço aos meus poucos amigos e seguidores que me acompanham.
Bjo grande e como diria o Pequeno Tim "que Deus abençõe a todos nós"!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Na minha estante tem...

O ano está chegando ao fim e apesar do blog ainda estar na infância, fim de ano é sempre uma época de reflexão, de pensar no que passou, no que vivemos e aprendemos durante o ano.
Como eu já disse, sempre tive vontade de ter com quem falar sobre literatura (além da minha irmã, rs), de ter um espaço pra trocar idéias, opiniões, sugestões, enfim, falar e também ouvir.
Os livros e suas histórias sempre me emocionaram muito, assim como o cinema, a música e tudo que esteja ao meu redor e me provoque uma reação, seja um arrepio, a vontade de sorrir ou de chorar, enfim, que alcancem o meu sentir.
Talvez eu seja uma pessoa sensível demais, pq as vezes choro até com comercial, rs, mas eu não consigo ler um livro ou ver um filme e não terminar tocada, não sair refletindo sobre a história e muitas vezes trazendo algo pra minha vida cotidiana.
A internet, obviamente, tb é fundamental e me proporcionou acontecimentos incríveis, conhecer pessoas maravilhosas, amigos hoje e pra vida toda...mas os bons e velhos livros ainda são os meus preferidos, eu até tentei mas não consigo ler na tela, no iPod, nada como as letrinhas no papel, rs
E na curta vida desse blog, eu pude falar sobre algumas das obras mais legais que li esse ano, muitas delas já entraram pra minha lista de preferidas e talvez eu seja uma pessoa que tem dificuldade em criticar, rs, mas eu gostei da maior parte deles e por isso parece que essa minha lista não vai parar de crescer e nela cabem todos os estilos. 
Eu sempre tive muita vontade de aprender mas nunca me julguei e nem fui uma aluna exemplar, por mais que muitos me achassem CDF eu nunca gostei muito de estudar, sempre tive dificuldade de me concentrar e sempre odiei matemática, hahaha, mas por outro lado sempre amei e fui bem em literatura, em história, eu estudava contando a história do Brasil (ou mundial) pra minha mãe, eu ia contando pra ela a história e memorizando....sempre amei uma boa história e sempre odiei decoreba, por isso minha preferência por essas matérias.
E por isso gosto tanto da internet tb, posso estar aqui falando das coisas que mais amo pra quem quiser ler, e mesmo que ninguém queira eu fico feliz simplesmente por ter um espaço pra me expressar e isso é suficiente pra mim.
Mas é óbvio que eu espero sempre que as pessoas leiam e comentem, gostem ou desgostem, mas comentem, eu adoro um feedback, é bom ver as coisas por outro ponto de vista, sempre aprendo muito e adoro aprender :)
Bom, vou pra um recesso (pq ninguém é de ferro) mas ainda volto pra um último post antes do Natal, sobre uma obra totalmente propícia pra essa época e, na minha humilde opinião, a que melhor representa essa que é a minha época preferida do ano.
Deixo vocês com algumas imagens (reais!!!) da minha estante (e do meu criado mudo!), rs, e me aguardem por que voltarei das férias com novas resenhas já que os livros que me aguardam são muitos e pretendo aproveitar esse descanso pra ler todos!

 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pé na estrada (On the road)

'On the road é a obra prima do autor Jack Kerouac, considerado o principal expoente da Geração Beat.'
Li esse tipo de comentário em diversos sites e blogs, é a definição mais comum a obra e ao autor. Podem me chamar de ignorante ou achar um absurdo, mas eu não sabia o que era a tal Geração Beat tão falada, eu poderia simplemente me sair com a frase "isso não é da minha época", rs, mas não, eu simplemente pouco tinha ouvido falar sobre e nunca me interessei em saber mais.
Mas isso não significa que eu não tenha interesse em ler obras por não saber do que falam, pelo contrário, muitas vezes isso me intriga mais ainda e desperta o interesse.
Foi o que aconteceu com On the road, mas antes de lê-lo eu fui pesquisar e descobri que a Geração Beat foi uma geração de pessoas, não necessariamente jovens, que tinham um espírito livre, que não se prendiam a ninguém e a lugar nenhum, que queriam viver a vida ao máximo, sem pensar no amanhã.
Posso estar falando besteira mas tenho pra mim que foram os precursores dos Hippies, que vieram depois e seguem uma filosofia de vida parecida.
A história é narrada por Sal Paradise, que vive em New Jersey e tem muitos amigos e através de um desses amigos ele conhece Dean Moriarty, um cara de espírito livre pelo qual Sal fica intrigado e cheio de vontade de conhecer melhor e se tornar amigo. Juntos eles partem por diversas viagens atravessando os EUA, indo e voltando, conhecendo lugares, pessoas e mais de si mesmos. Sal é o alter ego de Jack e Dean o de seu grande amigo Neal Cassidy, e a história é inspirada nas viagens que os dois fizeram juntos.
Eu ouvi dizer que Jack escreveu o livro em 2 semanas e que o rascunho foi escrito praticamente direto e reto, sem parágrafos e que ele datilografou em papel manteiga colado com fita adesiva pra que não precisasse trocar a folha! Só por aí vc já consegue imaginar como é alucinante a narração. Realmente quase não tem parágrafos e os capítulos são longos o que pra mim foi bem cansativo em alguns trechos.
A primeira vista eu diria é que os personagens são todos loucos, que não tem amor a nada e a ninguém e nem a própria vida e que o livro é todo uma grande confusão do começo ao fim.
Mas eu não sou pessoa de fazer julgamentos sem muita análise, sem me colocar no lugar ou tentar sair do meu lugar e entender a vida dos personagens ou mesmo o mundo e época em que o autor viveu e se baseou pra escrevê-la.
Assim eu posso dizer que o estilo de vida deles não tem nada a ver comigo, e assim é um pouco mais difícil e desconfortável quando você não consegue se identificar com os personagens, a leitura fica bem mais desafiante.
Eles são jovens que não precisam de nada pra viver, carregam poucas peças de roupa, pouco dinheiro, nenhuma comida, se o $ acaba eles arrumam um trabalho pra pagar a passagem de volta ou o lanche pra matar a fome ou furtam um pedaço de pão com queijo. Eles fumam muito, bebem demais, usam drogas, fazem muito sexo e bebem de novo e até cair. Atravessam o país vezes sem conta, aparentemente a gente não entende atrás do que, mas no decorrer dessa viagem alucinante que é a leitura de On the road vc entende que o que eles querem é viver, eles amam demais o próximo, eles acham tudo e todo mundo bom demais, incrível, fascinante, as pessoas menos "interessantes" pra uma sociedade, como um velho pobre, um andarilho, uma triste garçonete de um bar de beira de estrada, são os mais fascinantes para eles, aqueles com quem eles querem sentar e conversar e saber tudo de suas vidas.
Eu achei esse aspecto da obra o mais admirável e fiquei até um pouco espantada comigo mesma por tê-los julgado logo de cara, eles podem ser meio loucos sim, mas eles se importam muito com o próximo, querem entendê-lo, viver o que ele vive, se colocar no lugar dele, que o mundo seja de alegria, paz, companheirismo, muito jazz, altos papos....tudo isso regado a muita bebida, cigarro e sexo, claro, hehehe, mas de qualquer forma não deixa de ser algo a se admirar, pq mesmo e já naquela época (a história se passa na década de 40) a vida não era fácil e estavam cada ser humano mais preocupado em salvar a própria pele do que perder seu tempo se preocupando com o outro.
Mas com isso não quero dizer que eu entenda ou me identifique, foi muito interessante entrar nesse mundo, me colocar naqueles lugares como sempre faço quando leio, mas admito que em alguns momentos eu fiquei meio atordoada com tantas viagens, tantos nomes de cidades e tantas idas e vindas....realmente a cada dia que passa eu tenho a confirmação de que não sou nada, nada aventureira, rs
Ao final da leitura eu cheguei a conclusão que foi uma ótima forma de analisar a minha própria vida e pensar se não seria melhor pra mim ser um pouco mais desprendida das coisas, das pessoas, um pouco mais livre e levar a vida menos a sério, não tanto quando Sal e Dean, mas um pouco menos, :)
Acho que é uma obra muito interessante, vale muito a pena ler para conhecer um pouco mais daquele período, não só do estilo de vida desse grupo mas também da sociedade da época.
Agora vou ficar aqui aguardando a versão para o cinema que deve ser lançada em 2011 com direção do nosso brasileiríssimo Walter Salles.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pelo mundo mágico de Harry Potter

Programei escrever sobre HP semana passada, como uma forma de comemorar o lançamento do filme Harry Potter e as Relíquias da morte - Parte 1, mas acabei preferindo esperar para ver o filme.
Antes de mais nada devo informar que eu só li a coleção esse ano depois de muita insistência de uma amiga, eu tinha um certo preconceito com essas histórias muito fantásticas, de bruxos, magia e também de vampiros, anjos, etc.
Achava que não tinha nada a ver comigo e que não ia conseguir passar do primeiro capítulo, por isso ao invés de comprar pedi emprestado para minha prima Jéssica o primeiro volume da coleção: Harry Potter e a pedra filosofal.
Como acontece com a maioria das pessoas, eu fiquei completamente encantada já com as 2 primeiras páginas que li e assim acabei comprando a coleção inteira e lendo tudo em menos de 2 meses e me tornei, claro, fã de carteirinha.
Eu não vou resenhar a obra pq acredito que seja impossível fazê-lo de forma resumida e sem estragar as surpresas, simplesmente por que cada livro guarda uma grande aventura e a solução de um mistério no final, e não tem como falar de um sem contar o que aconteceu no anterior.
Tb acho que seja totalmente desnecessário dizer mais que simplesmente Harry Potter é um dos personagens mais incríveis da literatura, não só ele como todo o mundo que descobrimos junto com ele, seus amigos, inimigos, os feitiços, as aventuras, os desafios e até mesmo os dramas, embates e os grandes vilões, tudo é simplesmente fascinante.
Eu lamento não ter me rendido antes e lamento mais ainda não ser uns 10 anos mais nova pra ter crescido junto com o Harry, o Ron e a Hermione, tenho certeza que a experiência teria sido mais incrível ainda.
Vejo muitos adolescentes comentando como foi importante pro crescimento deles, como a história fez muitos aprenderem a gostar de ler e acho realmente que HP é uma forma maravilhosa de introduzir as crianças ao mundo da leitura ou sugerir àquelas que não gostam de ler, ou acham chato, pq não tem como não se envolver logo no primeiro livro, que por sinal é o meu preferido....é simplesmente encantador, engraçado, triste, cheio de aventuras e é tb a introdução a esse mundo fantástico.

Desde então tenho uma tremenda admiração por J.K.Rowling, primeiro por sua incrível capacidade de imaginação. Não me conformo de como ela foi capaz de criar todo um mundo bruxo, não só uma escola de magia e suas matérias e feitiços mas também orgãos governamentais bruxos, animais, plantas, e toda a história do mundo bruxo em si com seus antepassados e ainda os livros que os alunos lêem na escola, criou até mesmo um esporte muitíssimo popular que é o quadribol, afinal, quem não queria jogar essa espécie de futebol misturado com basquete e sei lá mais o que e ainda por cima voando montado numa vassoura???
E o segundo motivo de admiração é que J.K. não é só criativa, ela é realmente uma ótima escritora, por que não é pra qualquer um escrever uma história dessa dimenssão, com tantos detalhes, tantos personagens, passagens de tempo, flashbacks, tudo isso sem deixar uma pontinha sequer solta.
Acho que muitos dos leitores esperavam sempre uma explicação pra algum ponto deixado em aberto, como eu tenho uma memória bem ruinzinha eu precisava voltar e consultar trechos de algum dos livros anteriores para me lembrar do que ela estava falando, sim por que J.K. voltava nos pontos, não deixa nada no ar, sem resposta, não decepciona seus leitores nunca.
E assim, terminada a leitura do último livro eu me senti (creio que como a maioria dos leitores) em luto, pq não haveria mais de Harry pra ler e nem acho que deveria, J.K. contou uma história incrível que terminou, na minha opinião, como tinha de terminar. E o luto é mesmo por não poder mais acompanhar a vida do nosso bruxinho preferido.
Por mais fantástica que a história possa ser, seus personagens são muito reais. Harry, Ron e Hermione são tão reais que eu sinto quase como se eles existissem de verdade, pq representam todos nós de alguma forma, é impossível não se identificar seja com a garota CDF e supermegablaster inteligente que sempre tira os amigos das enrascadas, ou o garoto atrapalhado que sempre se mete em confusões, ou com o garoto solitário que descobre nos amigos sua verdadeira família e até mesmo com personagens secundários como a doidinha excêntrica da turma, os garotos que adoram pregar peças e até mesmo o menino gordinho e desajeitado de quem todo mundo tira sarro....mas que tem muitas e grandes qualidades. Eles se tornaram nossa família e por isso mesmo é difícil dizer adeus.
Eu já comentei anteriormente dos personagens que "ficam" comigo, eu tenho realmente uma família só de personagens de ficção, que foram tão importantes pra mim, que me emocionaram e ensinaram tanto, que tem lugar cativo aqui no coração e o mérito é todo dos autores como a querida J.K.
Então é bem óbvio que assim que terminei de ler os livros fui atrás dos filmes e gostei bastante de todos, achei que foram bem fiéis exceto talves O enigma do príncipe onde mudaram algumas cenas, o que eu achei desnecessário. E também aguardei ansiosamente a estréia de Relíquias da Morte parte 1, pq depois de A Pedra Filosofal, esse é o meu segundo livro preferido...afinal é onde veremos como nossos personagens queridos terminam (e os não queridos tb, rs).

Enfim assisti o filme sexta passada e simplesmente amei, achei que foi bem fiel ao livro e super emocionante, curti cada minuto e achei que acabou muito rápido, rsrsrs, apesar de ter ficado superfeliz pelo tanto que mostrou da história, eu não tinha idéia qual parte/cena seria escolhida pra fechar a primeira parte e eu achei que foi perfeito e pudemos ver bastante da aventura dos nossos heróis. Houveram claro muitos momentos de emoção, alguns de tristeza e umas poucas mas muito boas risadas (gente, eu amo o Ron! rs), mas a conclusão realmente é uma só: foi incrível e não vejo a hora que estreie a segunda e última (snif) parte.

Para terminar eu gostaria de dizer que o que mais encantou é que HP não tem nada de clichê com "moral da história". Se não houvessem os elementos fantásticos (o que, vamos concordar não seria tão legal, rs) poderia ser simplesmente uma história sobre um garoto órfão e solitário que um dia descobre que é muito especial e que aos poucos constrói a família que escolheu: seus amigos e como muitas vezes quem mais nos ama e se preocupa com a gente não compartilha do mesmo sobrenome/sangue. Eu vejo até como uma parábola sobre as dificuldades que muitas vezes enfrentamos e que nos levam a amadurecer e como os amigos e o amor são o que mais importa na vida....se vocês pararem pra pensar tudo pelo que eles passam (desde o sacrifício de sua mãe pra salvá-lo) se resume ao amor e como ele move as pessoas a lutarem até o fim sem se importar com o resultado final. E poder acompanhar o crescimento e o amadurecimento desses personagens foi simplesmente uma experiência incrível.
HP e as Relíquias da morte - Parte 2 estréia em Julho de 2011, será o desfecho de uma história fantástica, mas que estará sempre viva nos corações dos leitores.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O morro dos ventos uivantes (Wuthering Heights)

Clássico da literatura britânica é um dos romances mais cultuados de todos os tempos.
Lançado originalmente em 1847 foi a primeira e única obra escrita por Emily Brontë, a segunda das três irmãs escritoras. Sua irmã mais velha Charlotte escreveu o também cultuado 'Jane Eyre' e a mais nova Anne escreveu 'O locatário de Wildfell Hall', entre outros.
Emily não chegou a viver para ver o sucesso de sua obra tendo falecido de tuberculose um ano depois de seu lançamento e poucos meses após completar 30 anos. Aliás, a tuberculose levou todas as 3 irmãs ainda muito jovens, Charlotte morreu aos 38 e Anne aos 29 anos.
Morro dos ventos uivantes não é uma história de amor, é uma obra sombria, com um tom amargo e triste durante todo o texto. Até por isso foi incompreendido na época de seu lançamento e não recebeu boas críticas. Na verdade esse é um erro muito comum relacionado à obra, Morro não é um romance e sim uma história sobre vingança.
A história é narrada pelo Sr. Lockwood que chega à Granja dos Tordos, propriedade locada por ele durante uma temporada. Sendo um homem da cidade, ele procura um local pacífico para descansar e apesar das lindas paisagens da região ele se depara com uma estranha “família”, cheia de mistérios.
Após uma visita a residência de seu locatário, o Sr. Heatcliff no Morro dos ventos uivantes, o Sr. Lockwood fica completamente intrigado com este e os demais moradores, que nada parecem ter em comum a não ser sua brutalidade, e no retorno à Granja convalecendo por conta de uma gripe, ele pede a sua governanta a Sra. Nelly que o distraia contando o que sabe sobre o Morro e seus moradores. Acontece que não só ela sabe muito, como viveu praticamente toda a vida em meio a essas pessoas e começa então sua longa e detalhada narração sobre os tristes acontecimentos dos últimos 30 anos:
O Sr. Earnshaw, proprietário original do Morro, de volta de uma viagem traz um garoto de provável origem cigana que ele batiza de Heathcliff. Órfão, privado da convivência com a sociedade civilizada, o garoto causa estranheza a todos os moradores da casa, especialmente ao filho do Sr. Earnshaw, Hindley, em quem nasce instantaneamente ódio, especialmente ao presenciar o favoritismo de seu pai em relação ao garoto. Diferente do irmão, não tarda para que Catherine, a filha mais nova do Sr. Earnshaw se encante com Heathcliff e passem a ser melhores e inseparáveis amigos.
Assim acompanhamos a vida dos dois, seus encontros e desencontros, seus sentimentos conflitantes de amor e ódio e as circunstâncias que levaram os dois a destinos tão trágicos envolvendo nisso duas famílias que terminam desgraçadas.
O mais interessante dessa obra e que talvez seja o fator que leva ao erro de rotulá-la como um romance, é que apesar de ter uma história de amor em seu enredo, o foco está em como as pessoas se relacionavam naquela época, especialmente as que viviam em lugares remotos como os narrados no livro e como esse relacionamento muitas vezes era preenchido por mal entendidos, meias palavras, sentimentos reprimidos levando a sofridos e desnecessários desencontros e, muitas vezes, a rancorosas vinganças como a dessa triste história.
O que muito me atrai e fascina em obras britânicas desse período, é observar como o fato de as pessoas serem tão reservadas e cheias de orgulho fazia com que muitas vezes perdessem a pessoa amada ou se metessem em situações e relacionamentos desagradáveis. É extremamente chocante pra mim me deparar com histórias em que por uma pessoa não explicitar que gosta da outra, esta terminar só e perder seu grande amor para uma outra que foi mais “capaz” de expressas seus sentimentos. Por que a vergonha de expressá-los sem ter certeza absoluta que será correspondido (meio difícil se pensar que naquela época não era de bom tom nem conversar sozinha com um homem) era muito maior que o medo de passar o resto da vida sozinho!
Mas isso nem soa tão absurdo se pararmos pra pensar que uma mulher que expressasse sentimentos a um homem e depois mudasse de idéia (tipo, percebesse que não gostava dele tanto assim) ficava mal falada!! Isso sem nem pegar na mão nem nada!
Talvez pela cultura brasileira ser diferente, por sermos mais expansivos e falantes (sem generalizar, mas o brasileiro em comparação com outros povos é bem comunicativo) seja tão difícil pra mim, mesmo me considerando uma pessoa tímida, entender como alguém pode perceber que está prestes a perder a pessoa amada e ainda assim não ter coragem de exteriorizar o que sente.
Em Morro isso é bem claro, mas talvez o mais marcante seja a brutalidade nas relações humanas, em como alguns personagens passam a vida sendo humilhados e desprezados, sem atenção ou amor e como isso as torna pessoas amargas, frias, desprovidas de quaisquer sentimentos que não os de vingança e assim capazes de grandes crueldades....e por isso tb preciso dizer que meu personagem favorito nesse livro incrível é o Hareton Earnshaw, que sendo um dos que mais teve a vida desgraçada, conseguiu manter um caráter, uma doçura e uma capacidade de amar e perdoar que são simplesmente admiráveis e prova de como o meio não faz a pessoa e como é possível sair uma pessoa honesta e amorosa de um lar despedaçado, sem valores ou amor.
Eu nem percebi que tinha tanto pra falar desse livro, conheço a história há muitos anos e adoro o filme (a versão de 1993, com Ralph Fiennes e Juliette Binoche), mas só agora li o texto original e na íntegra, e talvez o fato de ter visitado o interior da Inglaterra recentemente tenha me trazido recordações de seus campos belíssimos, vivenciando de forma profunda a leitura uma vez que Emily relata com detalhes essa paisagem tão única onde ela mesma também viveu.
Minha verdadeira e profunda admiração pela obra e sua autora se aflorou.
Para aqueles que assim como eu são/ficaram fascinados pela obra, vale a pena acessar um site (em inglês) que é um guia de leitura de Wuthering Heights:
http://www.wuthering-heights.co.uk/summary.htm
Simplesmente imperdível!

Noturno (The Strain)

Um avião vindo de Berlim pousa em NY. Janelas fechadas, luzes apagadas, silêncio absoluto.
O biólogo do CCD, Dr.Eph Goodweather, é chamado para verificar um possível ataque terrorista, e mesmo com toda sua experiência se choca com o que encontra.
Começa então uma investigação que levará o Dr. Goodweather e sua assistente Norah a encontrar indícios de que algo inacreditável e terrível está acontecendo.
Abraham Setrakian é um sobrevivente do holocausto e estudioso do folclore europeu que percorreu os quatro cantos do mundo reunindo armas e se preparando para o inevitável: uma epidemia que acabará com toda a humanidade.
Esses personagens tão distintos se encontram e se unem numa batalha contra os seres que desencadearam a epidemia e tentarão contê-la antes que seja tarde demais.
Eu acredito que seria bem mais legal se fizessem um pouco mais de mistério, mas a sinopse do livro já entrega que se trata de uma pandemia vampírica, mas um tipo de vampiro que, apesar de ser tão cruel quanto as lendas dizem, é diferente de tudo que vc já viu. Esqueçam as versões de Bram Stoker, Anne Rice e até mesmo (e principalmente) os de Stephenie Meyer, esses vampiros aqui é que são monstros de verdade.
Escrito a quatro mãos por Guillermo del Toro (do elogiado O labirinto do fauno) e Chuck Hogan (vencedor do prêmio Hammett de literatura), Noturno é o primeiro volume de uma trilogia (sim, mais uma, rs) entitulada Trilogia da Escuridão. Não conheço os trabalhos anteriores dos autores, mas achei que fazem juz a sua fama, foram muito bem sucedidos e desenvolveram de forma crível a tal epidemia e descrevem com detalhes e de forma plausível (se é que se pode dizer isso numa obra com esse tema, rs) a transformação fisiológica dos humanos infectados em vampiros, inclusive descrevendo bem até demais sua assustadora “arma” de ataque (não, eles não infectam através das tradicionais mordidas).
Além disso, há interessantes histórias de fundo como a do Sr. Setrakian durante o Holocausto e as lendas que ouviu qdo criança sobre os Strigoi, se aprofundando ainda na história de alguns dos passageiros do avião. Admito que em alguns capítulos eu fiquei meio confusa tentando lembrar quem era o personagem de quem estava falando pq aparecem muitos no decorrer do livro, mas ao final achei que tudo foi importante pro desenrolar da história e mostrou a capacidade dos autores em humanizar os personagens especialmente se tratando de um livro com um tema que poderia facilmente acabar cheio de violência gratuita e sem conteúdo....dá facilmente pra imaginar tudo rolando nas telonas do cinema.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A tecnologia facilitando a vida dos leitores...

Hoje vou falar sobre algo que talvez não seja novidade pra vocês, mas que tem me surpreendido positivamente nos últimos tempos....a tecnologia no mundo dos livros.
Os tão comentados e-books ou livros eletrônicos já são realidade, bem como os leitores eletrônicos como o Kindle, Nuk e o iPad, mas só recentemente eu conheci duas ferramentas que vieram pra facilitar a vida dos amantes da literatura.

O primeiro é o MiniBiblio, um software que você baixa gratuitamente da internet, para você organizar e administrar sua própria Biblioteca. Nele você pode cadastrar todas as obras que você possui, inclusive determinando um número de classificação para organização das mesmas na sua estante e pode até realizar operações como empréstimos e devoluções, quer dizer, você terá como saber quando aquele seu amigo que te pede livros emprestados e nunca mais devolve levou o último, isso é uma coisa que acontece acho eu com todo mundo, e daí você nem lembra mais qual amigo que pegou, quando foi e se pegou mesmo, com o MiniBiblio não tem essa, você tem um histórico bonitinho dos seus livros e por onde eles andam.
Eu baixei no meu micro de casa mas admito que não parei para cadastrar os meus, mas pretendo sim quando tiver um tempo, pq facilita muito na hora de buscar um título, você pode visualizar por autor, ordem alfabética de título, assunto, etc.

A segunda ferramenta é, na verdade, uma rede social chamada Skoob que existe já há dois anos mas que só conheci agora (eu sempre atrasada, rs). Vira e mexe eu recebia mensagens de conhecidos convidando pra fazer parte mas eu não prestei atenção no que era e pensei ser apenas mais uma rede social (eu cansei delas, não consigo administrar tantas, rs, por isso fiquei só no Orkut mesmo). Mas há menos de um mês eu resolvi entrar e achei o máximo, lá vc tb cadastra todos os seus livros, se já leu, se vai ler, que nota dá pra ele, pode marcar seus livros favoritos, quando estiver lendo uma obra pode cadastrar em que parte está e ele te informa a porcentagem já lida, etc.
E como é uma rede social você pode inclusive informar caso queira trocar livros, de repente tem alguém querendo um livro que você tem e você pode trocar com essa pessoa por um título que você estava querendo há tempos, bem legal!
Fora que dá para fazer muitos amigos e descobrir pessoas que gostam dos mesmos títulos que você e acabar até descobrindo obras incríveis a partir dos coments alheios. Também é possível fazer resenhas e administrar seu histórico de leitura.

Bom, eu já estou por lá, se alguém quiser me adicionar fique a vontade. Por enqto eu ainda estou na fase de cadastrar meus livros (e isso é tão gostoso!!!) e por isso ainda não fiz contato com outros usuários, só tenho um amigo até agora, snif, rs

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Passagem (The passage)

Tem um tempinho que terminei de ler esse livro mas estava com uma dificuldade tremenda de escrever sobre ele. Uma obra dessa magnitude, tão complexa e bem escrita, com tantos personagens e passagens de tempo, não é fácil de resumir em um parágrafo.
Por isso resolvi não escrever e sim pegar uma sinopse pronta, um trecho da contra capa do livro e que em poucas palavras descreve bem a história:

'A Passagem' é um suspense sobre a luta humana diante de uma catástrofe sem precedentes. Da destruição da sociedade que conhecemos aos esforços de reconstruí-la na nova ordem que se instaura, do confronto entre o bem e o mal ao questionamento interno de cada personagem, pessoas comuns são levadas a feitos extraordinários, enfrentando seus maiores medos em um mundo que recende a morte.

Essa obra me chamou a atenção primeiro pela capa (que é linda) e pela forte divulgação que vi nas livrarias quando de seu lançamento (em Julho passado). A maioria dos sites divulga uma sinopse mais completa que conta que a obra é sobre vampiros que se alastram pelo mundo e acabam com a humanidade, causando praticamente um apocalipse e como uma garota é a chave para a salvação e todos os percalços pelo qual ela passará para cumprir sua missão.
Até aí vc pensa "mais um livro de vampiros???" e por mais que eu curta o tema eu tb pensei isso.
Mas navegando pela net resolvi ler o primeiro capítulo, oferecido pelas livrarias on-line como 'degustação', o que tem se mostrado uma ótima estratégia para atrair os clientes e fazê-los comprar (nunca o primeiro capítulo de um livro teve tanta responsabilidade, rs).
Eu fiquei completamente intrigada, pq o começo do livro conta uma história que nada tem a ver com esses seres fantásticos, por aí vc já percebe que o Justin fala de pessoas, suas histórias e experiências e não simplesmente de uma catástrofe gratuita e qdo o capítulo acaba vc fica louco querendo ler o segundo, o terceito, o quarto, o livro inteiro!!!
A Passagem traz um mundo completamente novo, vampiros como você nunca viu, humanos usados como cobaias e transformados nesses monstros...uma forma muito interessante de dizer como nós, seres humanos, criamos aqueles que virão a nos destruir!
Do momento que recebi o livro em casa ele passou a ser meu grande companheiro literalmente, mesmo por que tem 816 páginas (e pesa 1kg!!!) de forma que por mais empolgante que seja leva um tempo pra terminar quando vc só tem o horário de almoço e a volta pra casa no busão pra ler, rs
Mas durante algumas semanas eu levava ele pra todo lado, a história é totalmente envolvente, bem escrita, com muito mistério, quando vc acha que entendeu o que está acontecendo, vc é surpreendido com alguma informação nova, mas sempre coisas muito relevantes, como peças que se encaixam, não truques do autor pra criar um suspense sem fazer sentido na história, como vemos em muitos livros por aí.
O Justin Cronin escreve de uma forma incrível, não sei bem descrever mas o que mais admirei na sua obra foi o fato de, em meio a uma história de quase ficção científica, com apocalipse, vampiros, seres em mutação e passagens de tempo constantes, ele consegue nos fazer acreditar que tudo aquilo é muito plausível, realmente vamos trilhando os caminhos junto com os personagens, no final o que mais importa nesse caos todos são suas histórias e a gente realmente se apega a eles (ou será que sou só eu? rs).
O final foi daqueles pra vc se descabelar pensando o que aconteceu/vai acontecer e mais ainda quando fica sabendo que o Justin está escrevendo a continuação (sim, é uma trilogia) e que ela só deve sair em 2012 ( e a terceira parte em 2014! aff, será que aguento, rs).

Sei que praticamente não contei nada da história, mas esse é um tipo de livro que é quase impossível resumir sem entregar algumas coisas ou acabar escrevendo uma verdadeira novela.
Por isso o que posso fazer somente é recomendar muitíssimo essa obra, é realmente muito boa e com certeza valerá a pena esperar pela segunda parte.

Ah, esqueci de contar que na contra capa do livro há uma resenha do mestre do suspense/terror, Mr. Stephen King: "Esta é a história de vampiros que você não pode perder: 15 páginas são suficientes para cativá-lo; depois de 30, você se descobrirá prisioneiro, lendo noite adentro. Um livro com a força dos épicos."
Falou e disse, um épico...e eu consegui imaginar claramente diversos trechos rolando numa telona de cinema, já pensou? :)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Estive ausente...mas lendo!

Estive ausente e nem percebi que passou tanto tempo desde minha última postagem.
Uma semana corrida, outra mais ou menos e quando achei que teria tempo de fazer algo no feriado...bom, não tenho net em casa então não refrescou muito quanto a atualização do blog, mas pelomenos consegui ler um pouco e descansar (bastantão).
Tb os probleminhas que todos temos e acabei não tendo cabeça pra escrever, na verdade eu gosto de postar o que vem à cabeça na hora.
Hoje não vou ter tempo de postar uma resenha, mas aproveito pra informar que até sexta sai mais uma fresquinha e de um livro que amei de paixão e faz parte de uma trilogia, daquelas que vão nos fazer morrer de ansiedade já que até o momento só o primeiro volume foi lançado.
Tb comprei recentemente alguns títulos da minha "listinha de desejos" que encontrei em promoção, um deles é o que estou lendo atualmente e a história lembra em muito a da série de tv The walking dead que estreou ontem pelo canal FOX, a série é sobre zumbis (o livro não) mas ambas tem a ver com o apocalipse, ou seja, muita ficção científica da boa. Vou deixar outros comentários pra quando escrever a resenha, o que não deve demorar muito já que o livro é de se ler rapidinho (quem disse que eu aguento esperar pra saber o final??? rs).
Como devem perceber estou numa fase com bastante ficção e até mesmo um pouco de terror, isso é engraçado mesmo, muitas vezes temos fases em que só queremos ler um determinado gênero e nada mais nos apetece. Depois desse eu pretendo ler algo mais light, os livros que comprei são cada um de um gênero diferente, rs
Bom, é isso aí, logo estou de volta.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Comprando livros pela internet

Hoje em dia uma das formas mais práticas e rápidas de comprar um livro é pela internet.
Você acessa uma livraria on-line, escolhe o título, informa seus dados para pagamento e recebe a obra dias depois em sua casa.
Pode ser também uma das formas mais econômicas, uma vez que é possível cotar preços em diversos sites/livrarias e optar pela que oferecer o melhor/menor preço.
Eu sou daquelas pessoas que perde o maior tempo pesquisando preços, faço para pagar menos sim mas tb por que adoro uma cotação.
Mas eu não gosto de usar aqueles sites que fazem a cotação para você, por que percebi que muitas vezes os valores estão desatualizados e em alguns casos a loja nem tem mais aquele produto.
Eu prefiro ter mais trabalho e acessar site por site e checar as opções e preços. Seleciono 3 ou 4 lojas que estou mais acostumada a comprar e acesso uma por uma, normalmente fico com um monte de janelinhas minimizadas comparando os preços.
Uma boa dica é ter uma lista das obras que você quer comprar e checar de tempos em tempos (eu checo mais ou menos uma vez por mês) quais estão com o melhor preço. E vou comprando os que estão mais baratos ou com queda de preço e riscando da minha lista. Às vezes um livro que quero muuuuito ler vai ficando pro final da lista pq está muito caro, mas isso me dá oportunidade de ler outros títulos que, se dependesse somente da minha vontade (e não tanto do bolso), eu acabaria nem lendo. Descobri muitos livros bons dessa forma.
Eu já fiz cada compra incrível, aproveito muito as promoções do estilo "quanto mais livros você leva mais desconto vc ganha", são as melhores e eu aproveito e compro vários livros da minha lista de uma vez só. Já cheguei a comprar 5 livros por menos de R$80,00, sendo que alguns deles custavam originalmente por volta de R$30,00 cada!
E tem outra também, às vezes de uma semana para outra o preço de um livro pode cair drasticamente e se você não estiver ligado perde a oportunidade de comprar por uma pechincha aquele livro que quer há muito tempo.
Fiz mais uma das minhas cotações ontem e vi que um livro da minha lista que, até o começo do mês custava R$39,90, saía agora por R$12,90...comprei né!!!
Fora que a diferença de uma loja para outra pode ser grande também, por isso digo: vale muito a pena pesquisar!
Especialmente por que os livros ainda são muito caros aqui no Brasil. Claro que a qualidade é muito boa, o papel é bom, a encadernação....mas não seria o caso de lançar edições mais simples, em papel mais simples e barato e oferecer com preços mais acessíveis?
No final o que importa não é ter acesso a obra, não é ler o livro?
De que adianta edições primorosas, com capas belíssimas, em alto relevo, se a maior parte da população não tem $ para comprá-los?
Eu sou da opinião que o importante é transmitir a informação e isso pode muito bem ser feito através de um livro com folhas de papel jornal e capa flexível. As editoras poderiam continuar lançando as edições mais bonitonas por que sabemos que muita gente pode e gosta de comprar livros bem acabados, mas dar essa segunda opção para quem quer simplesmente ler abriria portas para mais pessoas criarem o hábito de ler.

Mas voltando ao assunto comprar pela internet, o fato de ser adepta não significa que eu também não goste de visitar uma livraria, eu AMO!
Gente, trabalho em uma Biblioteca, precisa dizer mais alguma coisa? Amo estar rodeada de livros, de me perder horas e horas olhando as estantes, mas comprar mesmo, no final...eu compro pela internet :)
Taí outra coisa importante, os preços da loja física são normalmente maiores que os do site, mesmo sendo a mesma empresa.
Por isso a ordem do dia é: pesquise!
Vale a pena e o bolso agradece.

O iluminado (The shining)

O post de hoje é sobre uma obra do mestre das histórias de mistério e terror, Mr. Stephen King.
Mudando completamente de gênero, resolvi ler esse livro após ótimos comentários que vi num blog de literatura.
Eu já conhecia a história mais pelo filme de 1980, estrelado pelo incrível Jack Nicholson, mas diante da afirmação de que o livro era muito mais interessante e que o filme deixou de fora muita coisa, eu fiquei completamente tentada e corri comprar meu exemplar.
Para aqueles que não estão familiarizados com a história aqui vai um resumo.
Jack Torrance é um aspirante a escritor, ex-alcólatra e desempregado que vê na proposta de ser zelador de um hotel durante o inverno, a oportunidade para enfim concluir sua peça teatral e, de repente, se tornar um escritor consagrado.
Jack parte então com sua família, a esposa Wendy e o filho Danny de 5 anos, para uma temporada de 7 meses no luxuoso Hotel Overlook, localizado nas montanhas do Colorado e que só abre ao público no verão uma vez que durante o rigoroso inverno a neve bloqueia as estradas de acesso ao hotel.
O Overlook tem uma história de mistérios, mortes e possíveis assassinatos, inclusive do zelador anterior que durante sua estada lá matou a família e se suicidou em seguida.
Nada disso parece abalar Jack, que vê somente uma grande oportunidade e para sua esposa (que não sabe da história do hotel) é apenas uma feliz coincidência uma vez que estavam precisando justamente de um tempo em família, para se reaproximarem.
Todos parecem felizes, exceto Danny que sente, antes mesmo de chegar lá, que há algo errado com esse lugar. Danny é um garoto especial, ele tem uma sensibilidade exacerbada, ele consegue saber o que as pessoas sentem e muitas vezes até o que pensam, ele pode também antecipar acontecimentos, Danny é iluminado. Mas o garoto só quer que os pais sejam felizes, que eles sejam uma família, e vendo a empolgação deles pela temporada no Overlook, Danny se cala e se convence de que é tudo apenas fruto de sua imaginação.
Enfim, a temporada começa e com o passar do tempo o que parecia uma experiência incrível começa a mexer com a cabeça de Jack, ele começa a ter pensamentos sombrios, pouco a pouco vai enlouquecendo, o Overlook quer Jack, quer sua família, acima de tudo quer Danny, o Overlook sabe do poder de Danny e fará de tudo para tê-lo!

Eu fiquei simplesmente vidrada no livro do começo ao fim, não conseguia pensar em mais nada qdo o deixava de lado, somente em arrumar um tempinho para retomar a leitura.
Eu nunca tinha lido um livro do Stephen, apesar de ter visto vários dos filmes inspirados em suas obras (Os meus preferidos são Um sonho de liberdade e A espera de um milagre), e tardiamente devo dizer, descobri que o cara é mesmo um mestre e entendi por que tamanha fascinação pelas suas obras.
Danny é um garotinho adorável e muito muito especial, carrega um fardo enorme e acho que ninguém gostaria de estar no lugar dele, de saber o que ele sabe, ver o que ele vê.
É, sem dúvida nenhuma, uma história sobrenatural e quem não curte ou não acredita em nada disso pode achar que é tudo uma grande baboseira, mas eu achei muito crível, real e por isso mesmo tão assustador.
Eu recomendo muitíssimo a leitura e obviamente rever o filme depois de ler, apesar que já entendi que o livro foi mais uma adaptção que qqer outra coisa por que foram feitas muitas modificações, informações que julguei importantes foram excluídas do filme e coisas que não existiam na história foram acrescentadas. Ainda não revi o filme (o que pretendo fazer em breve) mas sei que sentirei falta de muitos trechos interessantes que li no livro.

Por enquanto não vou ler nenhuma outra obra do autor, pretendo mudar um pouco de gênero, me apeguei muito ao Danny, rs
Mas já andei pensando em qual outra obra eu gostaria de ler futuramente, acho que uma das mais famosas é Carrie, a estranha  mas também tem Christine, o carro assassino, ambos viraram filmes que passavam constantemente na tv qdo eu era criança, rs

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Água para elefantes (Water for elephants)

Não aguentei esperar e vim logo postar sobre essa obra incrível da autora Sara Gruen.
Água para elefantes conta a história de Jacob Jankownski, um jovem de 23 anos que está prestes a realizar o exame final do curso de veterinária quando recebe a notícia de que seus pais morreram em um acidente de carro.
Jacob volta para sua cidade somente para descobrir que não tem nada, uma vez que seus pais hipotecaram todos seus bens para custear a faculdade dele. Desolado e sem saber o que fazer, se sentindo culpado por todo patrimônio que o pai conquistou com trabalho árduo ter se perdido para pagar seus estudos, ele abandona tudo e pula em um trem somente com a roupa do corpo. Logo ele descobre que trata-se do trem do circo Irmãos Berzini - O maior espetáculo da terra.
Jacob arruma emprego como veterinário do circo e passa a fazer parte desse mundo peculiar e totalmente a parte de tudo, um mundo novo com suas próprias hierarquias, normas e punições. Jacob faz amigos e tb inimigos e no circo encontrará os 2 grandes amores de sua vida.

O livro na verdade é narrado por um Jacob de 90 anos ou 93, uma coisa ou outra (rs, piadinha, quem ler o livro vai entender), e os capítulos são alternados entre sua vida nos dias de hoje em um asilo e suas lembranças dessa época incrível em que viveu.

O que mais me tocou nessa história foi como a autora conseguiu mesclar momentos incrivelmente dramáticos e tristes com momentos cômicos, vc realmente entra na história e vê Jacob como alguém real, uma pessoa que você poderia facilmente conhecer. Eu chorei e ri em muitos momentos, as vezes num mesmo momento, tá certo que me fazer chorar não é tão difícil, sou a maior manteiga derretida, rs, mas Jacob é uma pessoa, pra mim ele existe, no meu coração e ele me fez ver muitas coisas de outra forma.
O que ele vive no asilo, a forma como pensa e se expressa são de fazer todo mundo pensar, se imaginar quando estiver mais velho ou parar pra pensar como tratamos os nossos idosos, isso realmente me marcou e vou carregar comigo pra sempre.
E também tem tudo que acontece no circo, pra mim foi muito interessante e preciso explicar o por que.
Eu sempre ODIEI circo, nunca gostei, nunca fui e nunca tive vontade de ir. Eu não consigo entender que graça as pessoas acham em fazer festa infantil com tema de circo, hehehe
Nunca achei graça em circos, nos animais presos e adestrados e nunca consegui rir com os palhaços, aliás isso é algo que sinto desde pequena, não foi nada que tenha acontecido e me traumatizado mas eu sempre tive muito mais vontade de chorar do que rir de palhaços, eles sempre me pareceram uma figura muito triste, rindo de si mesmos e de suas desgraças. Por isso me surpreendi muito em como me envolvi com a história e como a compreendi tão bem.
Fruto de uma pesquisa histórica intensa da autora, Água para elefantes é um retrato fiel do mundo dos circos do começo do século 20, tendo incluse fotos da época em suas páginas e menções a fatos reais. Eu fiquei simplesmente encantada em saber mais detalhes de como funcionavam....o que não significa que tenha passado a gostar de circos ou ter vontade de ver um, rs, isso não mudou.

E o mais empolgante de tudo é que o livro vai virar filme, já foi gravado e deve ser lançado no ano que vem com Robert Pattinson como Jacob jovem (pra quem não sabe, ele faz o vampiro Edward em Crepúsculo) e conta também com as presenças de dois atores premiados: Reese Witherspoon e Christoph Waltz.
Nem preciso dizer que estou contando os dias pra ver essa história belíssima nas telonas do cinema....agora é segurar a ansiedade.

Vampiros em Dallas (Living dead in Dallas)

Mais uma obra que li no original em inglês e talvez por isso tenha sido tão maçante.
Tenho uma certa dificuldade em ler em inglês quando o texto não empolga logo de cara. Por mais que saiba ler nessa língua e consiga entender a história, não é o mesmo que ler em português, de uma forma ou de outra você precisa pensar um pouco mais para assimilar o que está rolando, o que fica difícil quando se está lendo um trecho chatinho.
Essa obra é a segunda da coleção da autora Charlaine Harris, continuação de Morto até o anoitecer (Dead until dark), e apesar da primeira ter sido simplesmente genial, Vampiros em Dallas não me empolgou.
Continuando de onde paramos, Sookie e Bill são um casal e agora ela está mais adaptada a nova rotina de namorar um vampiro. Mas quando mais um morador de Bons Temps é assassinado, nossa heroína obviamente não vai sossegar enqto não encontrar o verdadeiro culpado.
Porém esse mistério só será solucionado mais para frente, uma vez que Sookie é convocada pelo clã de vampiros de Dallas (que descobre sobre seus "dons" através do vampiro gatão Eric) para ajudar a encontrar um de seus discípulos e claro que ela vai se meter em mais encrencas e arriscar sua vida ao se envolver com uma seita religiosa fanática que tem como único objetivo acabar com os vampiros e seus simpatizantes da forma mais cruel e dolorosa possível.

O que pegou foi que tudo que rolou em Dallas tomou praticamente o livro todo e, detalhe, durou apenas uma noite!
Eu achei muito chato e não via a hora deles voltarem pra Bons Temps e, realmente, assim que a trama volta para a cidade e Sookie retoma a investigação do assassinato já citado as coisas empolgam. Os últimos capítulos do livro são os mais divertidos, eu adoro a Sookie e o Eric é simplesmente demais, até eu queria um vampiro desses pra mim, hehehe
Quem assiste a série sabe do que estou falando, eu sou muito mais o Eric que o Bill, rs

Enfim, o segundo volume não empolgou mas isso só me fez ter mais vontade de ler o terceiro volume Clube dos Vampiros (Club dead) que promete muito mais aventuras e a chegada de novos personagens. E vamos combinar que a capa do livro é muito linda, eu adoro capas bonitas, isso é até um problema pq a probabilidade de comprar um livro ruim só pq a capa é bonita é grande, rs

Estou ansiosa pelo próximo post onde vou falar de um dos melhores livros que li nos últimos tempos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Não conte a ninguém (Tell no one)

Há oito anos, quando comemoravam o 13º aniversário de seu primeiro beijo, o casal Elizabeth e David Beck é atacado.
David é deixado inconsciente e Elizabeth é raptada e encontrada morta dias depois.
O caso volta a tona quando dois corpos são encontrados no mesmo local enterrados junto ao taco de beisebol usado contra David, que começa a receber e-mails misteriosos que podem significar que Elizabeth está viva.
Paralelamente, novas provas começam a sugir e David parece ser o principal suspeito. Tentando provar sua inocência e descobrir a verdade, David conta apenas com a ajuda de um traficante e de sua melhor amiga.

O que teria acontecido naquela noite?
Pq David foi poupado?
Elizabeth está viva afinal?

Foi esse enredo de mistério e investigação que me instigou a comprar o livro sem nenhuma indicação. Achei que poderia ser bem interessante e me lembrou um filme de mistério dos anos 90 com premissa parecida chamado "O silêncio do lago". O livro é bem legal, você vai acompanhando David em sua busca pela esposa (ela sobreviveu ao ataque ou não?). Mesmo correndo o risco de ser preso e incriminado pela suposta morte dela, ele quer e precisa descobrir o que aconteceu com Elizabeth.
O livro estava bem interessante, bem escrito mas o final foi decepcionante!
Sabe quando chega no fim e o autor resolve inventar uma coisa totalmente fora do óbvio mas exagera e simplesmente não convence?
Eu gosto bastante de mistérios e reviravoltas, mas acho que o Harlan Coben quiz ser bem audacioso e eu admiro isso num autor, mas ele acabou tirando a credibilidade toda da história, tudo que estava costurado e bem amarrado perdeu seu valor, deixando pontas soltas, coisas que a gente fica sem entender.
Eu juro que reli umas 3 vezes para ver se eu tinha entendido direito o último capítulo, rsrs, mas pra mim não fez sentido nenhum.
É uma pena, pq é um daqueles livros que tem tudo pra deixar a gente de queixo caído no final.
                                                     

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Morto até o anoitecer (Dead until dark)

Vampiros existem, e estão entre nós!
Graças ao sangue sintético criado pelos japoneses e curiosamente chamado de Tru Blood, eles não precisam mais se alimentar dos humanos.
Sookie Stackhouse é garçonete em um bar na cidadezinha conservadora de Bons Temps na Louisianna, ela nunca viu um vampiro a não ser pela televisão e morre de curiosidade de saber como eles são.
Sookie também não é uma garota normal, ela consegue ler a mente das pessoas, o que pode ser muito desagradável por involuntariamente ter acesso aos pensamentos mais secretos de pessoas que conheceu por toda a vida.
Quando o vampiro Bill Compton entra no Merlotte´s (o bar onde ela trabalha) e Sookie o atende, fica fascinada ao perceber que não pode ler os pensamentos dele, por mais que tente....e isso é bom demais!
Com Bill ela vai se meter em muitas confusões e colocar sua própria vida em perigo...mas não vai falta muita diversão e momentos picantes.
Esse é o primeiro livro de uma coleção de mais de 10 volumes da autora Charlaine Harris, que originou a série True Blood que é transmitida aos domingos à noite na HBO.
Eu já tinha visto alguns episódios mas somente quando resolvi ler o livro que realmente me encantei com a série. A Sookie é uma das melhores, mais engraçadas e corajosas personagens femininas dos últimos tempos, simplesmente amo essa menina e acho que todo mundo queria ser um pouquinho como ela. Acompanhamos suas aventuras e trapalhadas sempre querendo mais, pq o livro é muito bem escrito e apesar da premissa bem louca, rsrs, é do tipo que vc lê numa tarde, de tão divertido.
A abordagem é totalmente diferente das outras histórias de vampiros que temos visto, pq essa é pra "maiores de 18 anos", com diversos trechos descrevendo cenas de sexo e violência (afinal, esses vampiros fazem jus a fama).
Caso alguém tenha curiosidade, achei um site bem legal que apresenta a fictícia cidade de Bons Temps e todos os seus atrativos, vale a pena acessar (em inglês):
http://www.welcometobontemps.com/
(as fotos que aparecem no site são dos atores devidamente trajados como seus personagens na série)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Querido John (Dear John)

O post de hoje é sobre uma das obras do escritor Nicholas Sparks.
Nicholas é muito conhecido por seus livros que viraram filmes como Uma carta de amor (Message in a bottle), Um amor para recordar (A walk to remember), Diário de uma paixão (The notebook), Noites de Tormenta (Nights in Rodante), este Querido John e mais recentemente A última música (The last song). Está em fase de pré-produção mais um filme baseando em um de seus livros, por enquanto somente com o nome original em inglês The Lucky one.
Se alguém já leu/viu qqer uma das obras citadas sabe que Nicholas adora um drama e que raramente as histórias de amor que narra tem finais felizes.
Não quero estragar a história pra ninguém por isso vou dizer apenas que Querido John tb tem sua boa parcela de drama, portanto prepare-se para derramar muitas lágrimas.
Eu coloquei a foto da capa original em inglês pq li este livro nesse idioma. Qdo estive em Londres passei numa loja de livros/cds/dvds e eles tinham umas banquinhas com livros muuuuito baratos e eu não podia sair de lá sem ao menos um, comprei Dear John e um exemplar de O pequeno príncipe, esse último custou risíveis 2 libras!
Bom, o que mais gostei nesse livro é que é narrado por um homem, pelo John do título, e vamos combinar que são bem raros os livros de romance narrados por homens, por aí já curti muito pq é interessante ver como ele sente e interpreta os acontecimentos, especialmente ele sendo um cara do exército, quer dizer, um cara machão e que não deve demonstrar sentimentos.
A história começa quando, em uma de suas folgas nos EUA, John conhece Savannah, uma garota religiosa, meiga e muito generosa que vai mudar de vez sua vida. Quando a folga acaba e ele tem de voltar para suas missões, eles passam a se corresponder por cartas. Anos passam e muitas coisas vão acontecer, será que o relacionamento dos dois vai resistir a distância?
O livro é basicamente sobre isso por isso não posso falar muito mais senão acabo contando o final, rs, o filme é bem diferente em diversos aspectos, eles mudaram muita coisa para que agradasse o público nos cinemas, e talvez quem tenha visto somente o filme não tenha gostado pq realmente pelo fato de mudarem e resumirem algumas coisas vc sente que ficaram algumas pontas soltas.
Todos os livros de Nicholas são muito bonitos, eu até agora só li este e A última música, mas tenho muita vontade de ler Diário de uma paixão pq de todos os filmes citados é o que mais gostei, a história é triste mas belíssima.

                                               No próximo post:
                                     Morto até o anoitecer (Dead until dawn)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Os pilares da terra (The pillars of the earth)

Li esse livro no ano passado, o interesse surgiu quando soube que estava sendo produzida uma versão para a TV e que um dos meus atores preferidos seria um dos protagonistas. Comentei com uma colega de trabalho e ela disse que havia lido e que era mesmo muito bom. Quando pesquisei melhor e soube do que se tratava e em que período se passava corri comprar o meu exemplar. Ou melhor exemplares, pq a obra tem 2 volumes na versão em português (essa aí da foto). Pilares é um romance histórico, na verdade eu chamaria mais de um épico, pq tem de tudo um pouco: drama, romance, violência, guerra de poder, interesses políticos, tudo descrito com muitos muitos detalhes, o que leva o leitor para dentro da história.
É possível imaginar como eram as coisas naquela época pq Ken Follett (o autor) é mestre em transportar o leitor para outras épocas, como se seus livros fossem máquinas do tempo.
Essa não é sua primeira experiência como escritor, na verdade é a 12ª, Ken é muito reconhecido internacionalmente e muitos de seus livros já viraram filme, inclusive Pilares que virou uma série com 8 capítulos, repleta de atores famosos interpretando seus cativantes personagens.
Eu amei a premissa do livro especialmente por se passar na Inglaterra do século XI, eu adoro histórias do período medieval especialmente quando passadas na Inglaterra. Foi um período de muita pobreza, fome, violência e por mais que o povo já fosse incrivelmente organizado (tendo comércio, Igrejas, etc), era meio que terra de ninguém, pq quem tinha o poder era rei e podia mandar e desmandar, matar, tirar tudo o que as pessoas tinham, etc.
O livro conta a história da construção de uma catedral por um periodo de mais de 50 anos, por isso é fácil se apegar aos personagens. Interesses políticos, obstinação, amor, ódio, fé, tudo atrapalha e incentiva a construção dessa catedral que, para mim, é a verdadeira protagonista da história.

A capa do livro na versão em português é bem feinha(foto acima), mas foi lançada recentemente uma edição com capa especial em comemoração ao lançamento da série (abaixo), que eu acho bem mais bonita, mas é pena que não esteja disponível no Brasil.


Quem leu ou vier a ler e gostar, saiba que o livro tem uma continuação chamada O mundo sem fim (The world withouth end) que avança uns 200 anos no tempo e narra a história dos descendentes de alguns dos personagens de Pilares. Eu ainda não li mas nem preciso dizer que está na minha lista.


                                                  No próximo post:

                                          Dear John (Querido John)







quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um livro que marcou minha infância

Acho que todos nós temos um livro que marcou nossa infância. Pode ser um conto de fadas, um livro só com figuras ou até mesmo uma história em quadrinhos.
Eu fui incentivada a ler desde bem pequena, por mais que não tivessemos os brinquedos mais caros ou roupas de marca, livros não faltavam lá em casa. Minha mãe sempre aparecia com um livro quando podia e assim meu gosto pela leitura foi crescendo. No começo eram contos de fadas e uns livrinhos daqueles de coleção, sempre com uma moral no final da história.
Eu não tenho uma memória lá muito boa, por isso não faço idéia de qual foi o primeiro livro que eu li na vida e acredito que minha mãe tb não se lembre.
Mas teve um livro que me marcou, pq foi o primeiro livro assim mais dulto que eu li, já entrando no mundo das crônicas e contos.
Esse eu ganhei da minha madrinha e lembro que li e reli muitas vezes pq era tão gostoso e divertido tanto que tenho ele até hoje (deu vontade de ler de novo, rs).
A coleção Para gostar de ler... é imensa, conta com dezenas de títulos dos gêneros crônicas, contos, poesias e por aí vai, cada qual com muuuuitos volumes.
Eu ganhei o Para gostar de ler: Crônicas vol.1, esse aí da foto e uma das minhas crônicas favoritas era uma de uma garotinha que ia comer com os pais em um restaurante, é ótima e muito fofa.
Quando tiver filhos pretendo incentivar muito a leitura também e espero que leiam muito mais do que eu, que fui relapsa durante muito tempo e a leitura enriquece tanto a nossa vida, o importante é introduzir títulos que a criança se identifique e/ou se interesse por, senão não adianta, não vai gostar nunca.
Eu até hoje não consigo gostar de alguns clássicos da literatura brasileira, já li alguns, outros tentei mas muitos eu não consegui gostar até hoje, acho que é o estilo ou o gênero, não sei, o importante é encontrar o que se goste e não parar nunca de ler.

E vocês, qual o livro que marcou a sua infância?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Calafrio (Shiver)

Calafrio (ou Shiver, no original) é mais um livro de ficção sobrenatural com toques fantásticos. Assim como outros títulos voltados ao público jovem, esse é o primeiro de uma trilogia chamada Os lobos de Mercy Falls.
O segundo livro entitulado Linger (algo como 'Protelar' em português) ainda não foi lançado no Brasil, mas há boatos de que a trilogia já esteja sendo adaptada para o cinema.
Nesse livro os seres fantásticos são os lobisomens, mas a abordagem é bem particular, nessa história as pessoas "infectadas" não podem se transmutar a qualquer momento (ou quando ficam nervosos) como na série Crepúsculo e nem mesmo em toda lua cheia como pregam as lendas, em Calafrio esses seres somente se transformam no inverno ou mediante temperatuas muito frias, voltando a ser pessoas normais quando o clima está quente.
Grace é uma adolescente que, anos antes, sobreviveu ao ataque de uma alcatéia e desde então sente uma forte ligação com esses animais.
Um dia, numa situação inusitada Grace conhece Sam e vê nele os mesmos olhos amarelos do lobo que a salvou, desperta então entre os dois um sentimento mais forte que eles mesmos e eles terão de lutar para permanecerem juntos.
Esse livro é bem diferente de outros do gênero, a forma como a autora aborda o relacionamento dos protagonistas é bem mais delicada e até mesmo triste. Apesar de torcer por eles eu senti durante todo o livro uma tristezinha pela inevitabilidade da vida, certa de que não haveria final feliz para eles, bem Romeu e Julieta mesmo, sabem?
Claro que não vou contar o final e nem se isso se confirma ou não, e mesmo havendo continuação é um tipo de livro que vc lê imaginando possibilidades e reviravoltas, não é nada previsível.
Eu achei a história bem amarrada e adorei a abordagem bem delicada, sutil e bonita que Maggie Stiefvater dá ao amor dos dois.
Eu pretendo comprar o segundo livro, esse provavelmente comprarei em inglês por que até agora nada de lançarem por aqui. Essas editoras parece que querem deixar os leitores todos se roendo de curiosidade :)