sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pelo mundo mágico de Harry Potter

Programei escrever sobre HP semana passada, como uma forma de comemorar o lançamento do filme Harry Potter e as Relíquias da morte - Parte 1, mas acabei preferindo esperar para ver o filme.
Antes de mais nada devo informar que eu só li a coleção esse ano depois de muita insistência de uma amiga, eu tinha um certo preconceito com essas histórias muito fantásticas, de bruxos, magia e também de vampiros, anjos, etc.
Achava que não tinha nada a ver comigo e que não ia conseguir passar do primeiro capítulo, por isso ao invés de comprar pedi emprestado para minha prima Jéssica o primeiro volume da coleção: Harry Potter e a pedra filosofal.
Como acontece com a maioria das pessoas, eu fiquei completamente encantada já com as 2 primeiras páginas que li e assim acabei comprando a coleção inteira e lendo tudo em menos de 2 meses e me tornei, claro, fã de carteirinha.
Eu não vou resenhar a obra pq acredito que seja impossível fazê-lo de forma resumida e sem estragar as surpresas, simplesmente por que cada livro guarda uma grande aventura e a solução de um mistério no final, e não tem como falar de um sem contar o que aconteceu no anterior.
Tb acho que seja totalmente desnecessário dizer mais que simplesmente Harry Potter é um dos personagens mais incríveis da literatura, não só ele como todo o mundo que descobrimos junto com ele, seus amigos, inimigos, os feitiços, as aventuras, os desafios e até mesmo os dramas, embates e os grandes vilões, tudo é simplesmente fascinante.
Eu lamento não ter me rendido antes e lamento mais ainda não ser uns 10 anos mais nova pra ter crescido junto com o Harry, o Ron e a Hermione, tenho certeza que a experiência teria sido mais incrível ainda.
Vejo muitos adolescentes comentando como foi importante pro crescimento deles, como a história fez muitos aprenderem a gostar de ler e acho realmente que HP é uma forma maravilhosa de introduzir as crianças ao mundo da leitura ou sugerir àquelas que não gostam de ler, ou acham chato, pq não tem como não se envolver logo no primeiro livro, que por sinal é o meu preferido....é simplesmente encantador, engraçado, triste, cheio de aventuras e é tb a introdução a esse mundo fantástico.

Desde então tenho uma tremenda admiração por J.K.Rowling, primeiro por sua incrível capacidade de imaginação. Não me conformo de como ela foi capaz de criar todo um mundo bruxo, não só uma escola de magia e suas matérias e feitiços mas também orgãos governamentais bruxos, animais, plantas, e toda a história do mundo bruxo em si com seus antepassados e ainda os livros que os alunos lêem na escola, criou até mesmo um esporte muitíssimo popular que é o quadribol, afinal, quem não queria jogar essa espécie de futebol misturado com basquete e sei lá mais o que e ainda por cima voando montado numa vassoura???
E o segundo motivo de admiração é que J.K. não é só criativa, ela é realmente uma ótima escritora, por que não é pra qualquer um escrever uma história dessa dimenssão, com tantos detalhes, tantos personagens, passagens de tempo, flashbacks, tudo isso sem deixar uma pontinha sequer solta.
Acho que muitos dos leitores esperavam sempre uma explicação pra algum ponto deixado em aberto, como eu tenho uma memória bem ruinzinha eu precisava voltar e consultar trechos de algum dos livros anteriores para me lembrar do que ela estava falando, sim por que J.K. voltava nos pontos, não deixa nada no ar, sem resposta, não decepciona seus leitores nunca.
E assim, terminada a leitura do último livro eu me senti (creio que como a maioria dos leitores) em luto, pq não haveria mais de Harry pra ler e nem acho que deveria, J.K. contou uma história incrível que terminou, na minha opinião, como tinha de terminar. E o luto é mesmo por não poder mais acompanhar a vida do nosso bruxinho preferido.
Por mais fantástica que a história possa ser, seus personagens são muito reais. Harry, Ron e Hermione são tão reais que eu sinto quase como se eles existissem de verdade, pq representam todos nós de alguma forma, é impossível não se identificar seja com a garota CDF e supermegablaster inteligente que sempre tira os amigos das enrascadas, ou o garoto atrapalhado que sempre se mete em confusões, ou com o garoto solitário que descobre nos amigos sua verdadeira família e até mesmo com personagens secundários como a doidinha excêntrica da turma, os garotos que adoram pregar peças e até mesmo o menino gordinho e desajeitado de quem todo mundo tira sarro....mas que tem muitas e grandes qualidades. Eles se tornaram nossa família e por isso mesmo é difícil dizer adeus.
Eu já comentei anteriormente dos personagens que "ficam" comigo, eu tenho realmente uma família só de personagens de ficção, que foram tão importantes pra mim, que me emocionaram e ensinaram tanto, que tem lugar cativo aqui no coração e o mérito é todo dos autores como a querida J.K.
Então é bem óbvio que assim que terminei de ler os livros fui atrás dos filmes e gostei bastante de todos, achei que foram bem fiéis exceto talves O enigma do príncipe onde mudaram algumas cenas, o que eu achei desnecessário. E também aguardei ansiosamente a estréia de Relíquias da Morte parte 1, pq depois de A Pedra Filosofal, esse é o meu segundo livro preferido...afinal é onde veremos como nossos personagens queridos terminam (e os não queridos tb, rs).

Enfim assisti o filme sexta passada e simplesmente amei, achei que foi bem fiel ao livro e super emocionante, curti cada minuto e achei que acabou muito rápido, rsrsrs, apesar de ter ficado superfeliz pelo tanto que mostrou da história, eu não tinha idéia qual parte/cena seria escolhida pra fechar a primeira parte e eu achei que foi perfeito e pudemos ver bastante da aventura dos nossos heróis. Houveram claro muitos momentos de emoção, alguns de tristeza e umas poucas mas muito boas risadas (gente, eu amo o Ron! rs), mas a conclusão realmente é uma só: foi incrível e não vejo a hora que estreie a segunda e última (snif) parte.

Para terminar eu gostaria de dizer que o que mais encantou é que HP não tem nada de clichê com "moral da história". Se não houvessem os elementos fantásticos (o que, vamos concordar não seria tão legal, rs) poderia ser simplesmente uma história sobre um garoto órfão e solitário que um dia descobre que é muito especial e que aos poucos constrói a família que escolheu: seus amigos e como muitas vezes quem mais nos ama e se preocupa com a gente não compartilha do mesmo sobrenome/sangue. Eu vejo até como uma parábola sobre as dificuldades que muitas vezes enfrentamos e que nos levam a amadurecer e como os amigos e o amor são o que mais importa na vida....se vocês pararem pra pensar tudo pelo que eles passam (desde o sacrifício de sua mãe pra salvá-lo) se resume ao amor e como ele move as pessoas a lutarem até o fim sem se importar com o resultado final. E poder acompanhar o crescimento e o amadurecimento desses personagens foi simplesmente uma experiência incrível.
HP e as Relíquias da morte - Parte 2 estréia em Julho de 2011, será o desfecho de uma história fantástica, mas que estará sempre viva nos corações dos leitores.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O morro dos ventos uivantes (Wuthering Heights)

Clássico da literatura britânica é um dos romances mais cultuados de todos os tempos.
Lançado originalmente em 1847 foi a primeira e única obra escrita por Emily Brontë, a segunda das três irmãs escritoras. Sua irmã mais velha Charlotte escreveu o também cultuado 'Jane Eyre' e a mais nova Anne escreveu 'O locatário de Wildfell Hall', entre outros.
Emily não chegou a viver para ver o sucesso de sua obra tendo falecido de tuberculose um ano depois de seu lançamento e poucos meses após completar 30 anos. Aliás, a tuberculose levou todas as 3 irmãs ainda muito jovens, Charlotte morreu aos 38 e Anne aos 29 anos.
Morro dos ventos uivantes não é uma história de amor, é uma obra sombria, com um tom amargo e triste durante todo o texto. Até por isso foi incompreendido na época de seu lançamento e não recebeu boas críticas. Na verdade esse é um erro muito comum relacionado à obra, Morro não é um romance e sim uma história sobre vingança.
A história é narrada pelo Sr. Lockwood que chega à Granja dos Tordos, propriedade locada por ele durante uma temporada. Sendo um homem da cidade, ele procura um local pacífico para descansar e apesar das lindas paisagens da região ele se depara com uma estranha “família”, cheia de mistérios.
Após uma visita a residência de seu locatário, o Sr. Heatcliff no Morro dos ventos uivantes, o Sr. Lockwood fica completamente intrigado com este e os demais moradores, que nada parecem ter em comum a não ser sua brutalidade, e no retorno à Granja convalecendo por conta de uma gripe, ele pede a sua governanta a Sra. Nelly que o distraia contando o que sabe sobre o Morro e seus moradores. Acontece que não só ela sabe muito, como viveu praticamente toda a vida em meio a essas pessoas e começa então sua longa e detalhada narração sobre os tristes acontecimentos dos últimos 30 anos:
O Sr. Earnshaw, proprietário original do Morro, de volta de uma viagem traz um garoto de provável origem cigana que ele batiza de Heathcliff. Órfão, privado da convivência com a sociedade civilizada, o garoto causa estranheza a todos os moradores da casa, especialmente ao filho do Sr. Earnshaw, Hindley, em quem nasce instantaneamente ódio, especialmente ao presenciar o favoritismo de seu pai em relação ao garoto. Diferente do irmão, não tarda para que Catherine, a filha mais nova do Sr. Earnshaw se encante com Heathcliff e passem a ser melhores e inseparáveis amigos.
Assim acompanhamos a vida dos dois, seus encontros e desencontros, seus sentimentos conflitantes de amor e ódio e as circunstâncias que levaram os dois a destinos tão trágicos envolvendo nisso duas famílias que terminam desgraçadas.
O mais interessante dessa obra e que talvez seja o fator que leva ao erro de rotulá-la como um romance, é que apesar de ter uma história de amor em seu enredo, o foco está em como as pessoas se relacionavam naquela época, especialmente as que viviam em lugares remotos como os narrados no livro e como esse relacionamento muitas vezes era preenchido por mal entendidos, meias palavras, sentimentos reprimidos levando a sofridos e desnecessários desencontros e, muitas vezes, a rancorosas vinganças como a dessa triste história.
O que muito me atrai e fascina em obras britânicas desse período, é observar como o fato de as pessoas serem tão reservadas e cheias de orgulho fazia com que muitas vezes perdessem a pessoa amada ou se metessem em situações e relacionamentos desagradáveis. É extremamente chocante pra mim me deparar com histórias em que por uma pessoa não explicitar que gosta da outra, esta terminar só e perder seu grande amor para uma outra que foi mais “capaz” de expressas seus sentimentos. Por que a vergonha de expressá-los sem ter certeza absoluta que será correspondido (meio difícil se pensar que naquela época não era de bom tom nem conversar sozinha com um homem) era muito maior que o medo de passar o resto da vida sozinho!
Mas isso nem soa tão absurdo se pararmos pra pensar que uma mulher que expressasse sentimentos a um homem e depois mudasse de idéia (tipo, percebesse que não gostava dele tanto assim) ficava mal falada!! Isso sem nem pegar na mão nem nada!
Talvez pela cultura brasileira ser diferente, por sermos mais expansivos e falantes (sem generalizar, mas o brasileiro em comparação com outros povos é bem comunicativo) seja tão difícil pra mim, mesmo me considerando uma pessoa tímida, entender como alguém pode perceber que está prestes a perder a pessoa amada e ainda assim não ter coragem de exteriorizar o que sente.
Em Morro isso é bem claro, mas talvez o mais marcante seja a brutalidade nas relações humanas, em como alguns personagens passam a vida sendo humilhados e desprezados, sem atenção ou amor e como isso as torna pessoas amargas, frias, desprovidas de quaisquer sentimentos que não os de vingança e assim capazes de grandes crueldades....e por isso tb preciso dizer que meu personagem favorito nesse livro incrível é o Hareton Earnshaw, que sendo um dos que mais teve a vida desgraçada, conseguiu manter um caráter, uma doçura e uma capacidade de amar e perdoar que são simplesmente admiráveis e prova de como o meio não faz a pessoa e como é possível sair uma pessoa honesta e amorosa de um lar despedaçado, sem valores ou amor.
Eu nem percebi que tinha tanto pra falar desse livro, conheço a história há muitos anos e adoro o filme (a versão de 1993, com Ralph Fiennes e Juliette Binoche), mas só agora li o texto original e na íntegra, e talvez o fato de ter visitado o interior da Inglaterra recentemente tenha me trazido recordações de seus campos belíssimos, vivenciando de forma profunda a leitura uma vez que Emily relata com detalhes essa paisagem tão única onde ela mesma também viveu.
Minha verdadeira e profunda admiração pela obra e sua autora se aflorou.
Para aqueles que assim como eu são/ficaram fascinados pela obra, vale a pena acessar um site (em inglês) que é um guia de leitura de Wuthering Heights:
http://www.wuthering-heights.co.uk/summary.htm
Simplesmente imperdível!

Noturno (The Strain)

Um avião vindo de Berlim pousa em NY. Janelas fechadas, luzes apagadas, silêncio absoluto.
O biólogo do CCD, Dr.Eph Goodweather, é chamado para verificar um possível ataque terrorista, e mesmo com toda sua experiência se choca com o que encontra.
Começa então uma investigação que levará o Dr. Goodweather e sua assistente Norah a encontrar indícios de que algo inacreditável e terrível está acontecendo.
Abraham Setrakian é um sobrevivente do holocausto e estudioso do folclore europeu que percorreu os quatro cantos do mundo reunindo armas e se preparando para o inevitável: uma epidemia que acabará com toda a humanidade.
Esses personagens tão distintos se encontram e se unem numa batalha contra os seres que desencadearam a epidemia e tentarão contê-la antes que seja tarde demais.
Eu acredito que seria bem mais legal se fizessem um pouco mais de mistério, mas a sinopse do livro já entrega que se trata de uma pandemia vampírica, mas um tipo de vampiro que, apesar de ser tão cruel quanto as lendas dizem, é diferente de tudo que vc já viu. Esqueçam as versões de Bram Stoker, Anne Rice e até mesmo (e principalmente) os de Stephenie Meyer, esses vampiros aqui é que são monstros de verdade.
Escrito a quatro mãos por Guillermo del Toro (do elogiado O labirinto do fauno) e Chuck Hogan (vencedor do prêmio Hammett de literatura), Noturno é o primeiro volume de uma trilogia (sim, mais uma, rs) entitulada Trilogia da Escuridão. Não conheço os trabalhos anteriores dos autores, mas achei que fazem juz a sua fama, foram muito bem sucedidos e desenvolveram de forma crível a tal epidemia e descrevem com detalhes e de forma plausível (se é que se pode dizer isso numa obra com esse tema, rs) a transformação fisiológica dos humanos infectados em vampiros, inclusive descrevendo bem até demais sua assustadora “arma” de ataque (não, eles não infectam através das tradicionais mordidas).
Além disso, há interessantes histórias de fundo como a do Sr. Setrakian durante o Holocausto e as lendas que ouviu qdo criança sobre os Strigoi, se aprofundando ainda na história de alguns dos passageiros do avião. Admito que em alguns capítulos eu fiquei meio confusa tentando lembrar quem era o personagem de quem estava falando pq aparecem muitos no decorrer do livro, mas ao final achei que tudo foi importante pro desenrolar da história e mostrou a capacidade dos autores em humanizar os personagens especialmente se tratando de um livro com um tema que poderia facilmente acabar cheio de violência gratuita e sem conteúdo....dá facilmente pra imaginar tudo rolando nas telonas do cinema.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A tecnologia facilitando a vida dos leitores...

Hoje vou falar sobre algo que talvez não seja novidade pra vocês, mas que tem me surpreendido positivamente nos últimos tempos....a tecnologia no mundo dos livros.
Os tão comentados e-books ou livros eletrônicos já são realidade, bem como os leitores eletrônicos como o Kindle, Nuk e o iPad, mas só recentemente eu conheci duas ferramentas que vieram pra facilitar a vida dos amantes da literatura.

O primeiro é o MiniBiblio, um software que você baixa gratuitamente da internet, para você organizar e administrar sua própria Biblioteca. Nele você pode cadastrar todas as obras que você possui, inclusive determinando um número de classificação para organização das mesmas na sua estante e pode até realizar operações como empréstimos e devoluções, quer dizer, você terá como saber quando aquele seu amigo que te pede livros emprestados e nunca mais devolve levou o último, isso é uma coisa que acontece acho eu com todo mundo, e daí você nem lembra mais qual amigo que pegou, quando foi e se pegou mesmo, com o MiniBiblio não tem essa, você tem um histórico bonitinho dos seus livros e por onde eles andam.
Eu baixei no meu micro de casa mas admito que não parei para cadastrar os meus, mas pretendo sim quando tiver um tempo, pq facilita muito na hora de buscar um título, você pode visualizar por autor, ordem alfabética de título, assunto, etc.

A segunda ferramenta é, na verdade, uma rede social chamada Skoob que existe já há dois anos mas que só conheci agora (eu sempre atrasada, rs). Vira e mexe eu recebia mensagens de conhecidos convidando pra fazer parte mas eu não prestei atenção no que era e pensei ser apenas mais uma rede social (eu cansei delas, não consigo administrar tantas, rs, por isso fiquei só no Orkut mesmo). Mas há menos de um mês eu resolvi entrar e achei o máximo, lá vc tb cadastra todos os seus livros, se já leu, se vai ler, que nota dá pra ele, pode marcar seus livros favoritos, quando estiver lendo uma obra pode cadastrar em que parte está e ele te informa a porcentagem já lida, etc.
E como é uma rede social você pode inclusive informar caso queira trocar livros, de repente tem alguém querendo um livro que você tem e você pode trocar com essa pessoa por um título que você estava querendo há tempos, bem legal!
Fora que dá para fazer muitos amigos e descobrir pessoas que gostam dos mesmos títulos que você e acabar até descobrindo obras incríveis a partir dos coments alheios. Também é possível fazer resenhas e administrar seu histórico de leitura.

Bom, eu já estou por lá, se alguém quiser me adicionar fique a vontade. Por enqto eu ainda estou na fase de cadastrar meus livros (e isso é tão gostoso!!!) e por isso ainda não fiz contato com outros usuários, só tenho um amigo até agora, snif, rs

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Passagem (The passage)

Tem um tempinho que terminei de ler esse livro mas estava com uma dificuldade tremenda de escrever sobre ele. Uma obra dessa magnitude, tão complexa e bem escrita, com tantos personagens e passagens de tempo, não é fácil de resumir em um parágrafo.
Por isso resolvi não escrever e sim pegar uma sinopse pronta, um trecho da contra capa do livro e que em poucas palavras descreve bem a história:

'A Passagem' é um suspense sobre a luta humana diante de uma catástrofe sem precedentes. Da destruição da sociedade que conhecemos aos esforços de reconstruí-la na nova ordem que se instaura, do confronto entre o bem e o mal ao questionamento interno de cada personagem, pessoas comuns são levadas a feitos extraordinários, enfrentando seus maiores medos em um mundo que recende a morte.

Essa obra me chamou a atenção primeiro pela capa (que é linda) e pela forte divulgação que vi nas livrarias quando de seu lançamento (em Julho passado). A maioria dos sites divulga uma sinopse mais completa que conta que a obra é sobre vampiros que se alastram pelo mundo e acabam com a humanidade, causando praticamente um apocalipse e como uma garota é a chave para a salvação e todos os percalços pelo qual ela passará para cumprir sua missão.
Até aí vc pensa "mais um livro de vampiros???" e por mais que eu curta o tema eu tb pensei isso.
Mas navegando pela net resolvi ler o primeiro capítulo, oferecido pelas livrarias on-line como 'degustação', o que tem se mostrado uma ótima estratégia para atrair os clientes e fazê-los comprar (nunca o primeiro capítulo de um livro teve tanta responsabilidade, rs).
Eu fiquei completamente intrigada, pq o começo do livro conta uma história que nada tem a ver com esses seres fantásticos, por aí vc já percebe que o Justin fala de pessoas, suas histórias e experiências e não simplesmente de uma catástrofe gratuita e qdo o capítulo acaba vc fica louco querendo ler o segundo, o terceito, o quarto, o livro inteiro!!!
A Passagem traz um mundo completamente novo, vampiros como você nunca viu, humanos usados como cobaias e transformados nesses monstros...uma forma muito interessante de dizer como nós, seres humanos, criamos aqueles que virão a nos destruir!
Do momento que recebi o livro em casa ele passou a ser meu grande companheiro literalmente, mesmo por que tem 816 páginas (e pesa 1kg!!!) de forma que por mais empolgante que seja leva um tempo pra terminar quando vc só tem o horário de almoço e a volta pra casa no busão pra ler, rs
Mas durante algumas semanas eu levava ele pra todo lado, a história é totalmente envolvente, bem escrita, com muito mistério, quando vc acha que entendeu o que está acontecendo, vc é surpreendido com alguma informação nova, mas sempre coisas muito relevantes, como peças que se encaixam, não truques do autor pra criar um suspense sem fazer sentido na história, como vemos em muitos livros por aí.
O Justin Cronin escreve de uma forma incrível, não sei bem descrever mas o que mais admirei na sua obra foi o fato de, em meio a uma história de quase ficção científica, com apocalipse, vampiros, seres em mutação e passagens de tempo constantes, ele consegue nos fazer acreditar que tudo aquilo é muito plausível, realmente vamos trilhando os caminhos junto com os personagens, no final o que mais importa nesse caos todos são suas histórias e a gente realmente se apega a eles (ou será que sou só eu? rs).
O final foi daqueles pra vc se descabelar pensando o que aconteceu/vai acontecer e mais ainda quando fica sabendo que o Justin está escrevendo a continuação (sim, é uma trilogia) e que ela só deve sair em 2012 ( e a terceira parte em 2014! aff, será que aguento, rs).

Sei que praticamente não contei nada da história, mas esse é um tipo de livro que é quase impossível resumir sem entregar algumas coisas ou acabar escrevendo uma verdadeira novela.
Por isso o que posso fazer somente é recomendar muitíssimo essa obra, é realmente muito boa e com certeza valerá a pena esperar pela segunda parte.

Ah, esqueci de contar que na contra capa do livro há uma resenha do mestre do suspense/terror, Mr. Stephen King: "Esta é a história de vampiros que você não pode perder: 15 páginas são suficientes para cativá-lo; depois de 30, você se descobrirá prisioneiro, lendo noite adentro. Um livro com a força dos épicos."
Falou e disse, um épico...e eu consegui imaginar claramente diversos trechos rolando numa telona de cinema, já pensou? :)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Estive ausente...mas lendo!

Estive ausente e nem percebi que passou tanto tempo desde minha última postagem.
Uma semana corrida, outra mais ou menos e quando achei que teria tempo de fazer algo no feriado...bom, não tenho net em casa então não refrescou muito quanto a atualização do blog, mas pelomenos consegui ler um pouco e descansar (bastantão).
Tb os probleminhas que todos temos e acabei não tendo cabeça pra escrever, na verdade eu gosto de postar o que vem à cabeça na hora.
Hoje não vou ter tempo de postar uma resenha, mas aproveito pra informar que até sexta sai mais uma fresquinha e de um livro que amei de paixão e faz parte de uma trilogia, daquelas que vão nos fazer morrer de ansiedade já que até o momento só o primeiro volume foi lançado.
Tb comprei recentemente alguns títulos da minha "listinha de desejos" que encontrei em promoção, um deles é o que estou lendo atualmente e a história lembra em muito a da série de tv The walking dead que estreou ontem pelo canal FOX, a série é sobre zumbis (o livro não) mas ambas tem a ver com o apocalipse, ou seja, muita ficção científica da boa. Vou deixar outros comentários pra quando escrever a resenha, o que não deve demorar muito já que o livro é de se ler rapidinho (quem disse que eu aguento esperar pra saber o final??? rs).
Como devem perceber estou numa fase com bastante ficção e até mesmo um pouco de terror, isso é engraçado mesmo, muitas vezes temos fases em que só queremos ler um determinado gênero e nada mais nos apetece. Depois desse eu pretendo ler algo mais light, os livros que comprei são cada um de um gênero diferente, rs
Bom, é isso aí, logo estou de volta.